"Manuela Ferreira Leite avisa que ninguém a intimida com o TGV" é o título de uma notícia do Público online de hoje, decorrente do almoço de ontem em Castelo Branco. Num dia em que vários jornais denunciam a perda de verbas enormes vindas da união Europeia.
Aqui a posição espanhola começa novamente a fazer soar as suas ambições, com o ministro do Fomento a fazer propaganda à grande empreitada ibérica, em especial quando uma das principais indústrias espanholas, a construção, tanto sofre com a crise.
Mas a crise chegou a todos, também aos povos mais ricos, como a Alemanha e Itália, que têm aqui uma oportunidade de vender a sua tecnologia da Alta Velocidade. Sim, mas eles fazem um desconto Europoupadinho, através de uns cupões de desconto no menu Fundo de Coesão. Eles ofereçem 1,20 e nós só pagamos 4,70 com crédito a 35 anos e alguns juros para ajudar os bancos que também estão em crise.
Portugal, que tem um Sol que gera "montes de energia Positiva" e um Turismo que "é muita porreiro" não se importa de investir num TGV que vai ser muito benéfico para diminuir as listas de espera nos hospitais, a distância ao médico de família, reduzir o tempo de ir da aldeia à escola na cidade, e mesmo das Termas de Monfortinho aos gloriosos estádios de Futebol (essas coisas do dia a dia).
Os estádios, outro projecto que é muito progressista, pois os nossos netos já não vão ter de jogar à bola contra a parede. Mas essa é outra história...
Com razão, Ferreira Leite defendeu os investimentos de proximidade, que reduzem os custos de vida das pessoas, os custos logísticos das empresas, e a produtividade das comunidades.
"Não tenho medo de defender os interesses do país nem medo de defender a nossa independência económica", é o testemunho de que defende que se deve gerir com o que se tem e não com o que se pede emprestado (sobretudo quando não se tem a garantia de poder pagar).
Para Jerónimo de Sousa, meio TGV já chegava (ver link), e para José Sócrates que referiu Zapatero como o melhor amigo espanhol, diz que "não se trata de fazer o jeito aos espanhóis" (ver link). O socialista Miranda Calha fala em "suspender Portugal" relembrando os argumentos dos autarcas da OTA sobre o novo Aeroporto (ver link).
Dentro da discordância, Jerónimo de Sousa destaca-se pela boa intenção quado fala da "natureza da obra e a incorporação da produção nacional", mas todos sabemos que a transferência de tecnologia seria quase nula e a mão de obra predominantemente de outras nacionalidades (ver link).
Algumas reflexões:
http://www.maquinistas.org/labels/TGV.html
http://www.porto.taf.net/dp/node/2339
Referências:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1400654
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1400584
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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O Sócrates vai andar de TGV para provar como é bom. Só se esqueçeu de ir de Sud-Express até França para saber como é a diferença.
ResponderEliminarEnfim, demonstra que mais facilmente se apanha um avião do que um comboio para as viagens entre Portugal e o Centro da Europa...
Viva as Low-Cost, ai ... Políticos só em Executiva!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarSerá pertinente ler também este texto:
ResponderEliminarhttp://jsdseccaob.blogs.sapo.pt/6030.html